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Alice começou a ler!

  • Luciana Sarmento Scheiner
  • 12 de set. de 2017
  • 2 min de leitura

Na semana passada, minha filha começou a ler. Ela chegou ao ápice de um processo que já dura desde que ela tinha uns 3 anos, mais ou menos. Quando eu era pequena (estamos falando de início e meados dos anos 80), o processo de alfabetização se dava mais tarde e de forma mais abrupta do que acontece hoje. Alice aprendeu, desde os 3 anos, a identificar o “A” como sua letra. Foi visualizando e memorizando o nome dos colegas. Aprendeu o nome e o som de todas as letras do alfabeto. Aprendeu a desenhá-las corretamente, em linha, todas em tamanho uniforme.


Mas até bem pouco tempo, ela ainda não tinha percebido o poder que essas letrinhas tinham de se combinar, para formar um código e fazer sentido. Ela já vinha ensaiando o grande momento. Começou sabendo juntar as letras sozinhas – “l com a faz lá”. E aí pegou uma trena que o pai tinha ganho em uma feira e leu “MAI-NE-TTI”. É isso mesmo – o maior fabricante e fornecedor de cabides do mundo, senhoras e senhores. Eu não sabia disso. Ela não sabia disso. Acho que nem o pai que trouxe a trena pra casa sabia disso. Mas a partir daquele dia, “Mainetti” ganhou um lugar imenso em meu coração – e certamente no dela também, embora ela ainda nem desconfie disso. A partir desse momento, a ficha caiu. Ela percebeu que podia ir juntando as letras, ir formando sílabas e aí as palavras, as frases, os parágrafos, os textos, os livros – o mundo!



Por ser a mais nova da turma dela, os amiguinhos já vinham começando a ler e ela chegava em casa às vezes decepcionada por ainda não ter conseguido. Pegava um livro, ficava olhando aquelas letras que ela já conhecia, mas não sabia o segredo que estava por trás daquilo tudo. Esforçava-se mesmo. Foi um clique. Fiz questão de elogiá-la pelo esforço. Ela quase não cabe em si de felicidade e anda pra lá e pra cá com um diário sem saber o que vai escrever! (Sim, ela está escrevendo também – do jeito dela, ainda com muitos erros, mas já sabe reconhecer o que ela mesma codificou).


Juro que tive vontade de comprar pra ela seu primeiro Moleskine! Como sou viciada em artigos para papelaria em geral (PA-PE-LA-RRI-A – foi a primeira palavra que li), surtei e queria imediatamente engordar ainda mais sua coleção de canetinhas. E papeis de carta. Será que as crianças ainda gostam de papeis de carta?


A Mainetti nem sabe mas deu a minha filha uma fábrica de cabides só pra ela – ali ela vai poder pendurar os livros que vai ler, as cartas (e-mails e mensagens no WhatsApp) que vai escrever pras amigas. Vai pendurar e catalogar os interesses acadêmicos que vão moldar sua profissão. Vai enganchar as cartas e poemas de amor que vai escrever (e ganhar) dos amores que colecionar o longo da vida.


Alice nem sabe, mas agora vai poder ganhar o mundo!

 
 
 

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